Metodologia
DINÂMICA DE PASSOS
Esta é uma técnica utilizada em comunidades terapêuticas, cujo objetivo é levar ao residente o
conhecimento acerca da filosofia dos Doze passos de AA e NA. Faz também com que o
residente consiga perceber a aplicabilidade dessas orientações em seu cotidiano. Esta reunião,
aliada ao novo trabalho do programa familiar, que é levar ao conhecimento dos familiares o
conteúdo do programa de tratamento, se completam, no intuito de efetivar a prática dos
ensinamentos do programa.
Como funciona a relação dos doze de A.A e N.A., com as 64 tarefas do método MINESSOTA.
1º Passo – Admitimos que éramos impotente perante nossa adicção, e que nossas vidas
tinham se tornado incontroláveis.
O estudo do 1º passo compreende as 16 primeiras tarefas, que se inicia com uma retrospectiva
da semana anterior à sua vinda para a comunidade, para que ele tenha uma visão de sua atual
condição. Depois é feito um histórico de vida e um esclarecimento sobre o surgimento e os
efeitos dos tóxicos ou álcool. Faz também um relato com os fatos que o fizeram vir para a
comunidade. Dirá também o por quê precisa e por que quer este tratamento. Nas tarefas de 8
à 14, são feitos resgastes da vida passada, relatando situações de culpa, vergonha, humilhação,
desonestidade, orgulho, agressividade, prostituição, irresponsabilidade, ocasionadas pelo seu
uso de tóxicos ou álcool.
2º Passo – Viemos a acreditar que um Poder Maior do que nós poderia devolver-nos à
sanidade.
O estudo deste processo compreende as tarefas de número 17 à 27. São identificadas as
parcelas de responsabilidade do residente na sua história de mágoas, perdas, conflitos e
abandonos. Fará uma lista de raivas e ressentimentos. Relatará também situações em que era
importante que não usa-se drogas e usou, situações de intolerância, e situações de
comportamentos doentio. Indicará onde em seu corpo foi prejudicado. Fará uma lista de tudo
o que perdeu, deixou de ganhar, fazer ou construir pelo seu uso de tóxicos ou álcool.
3º Passo – Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de DEUS, da
maneira como nós O compreendíamos.
Neste passo são relatados situações onde tentaram controlar pessoas, situações e coisas.
Também situações onde tentaram controlar e ficaram com raiva por não conseguir. Faz-se
também desenhos dos familiares identificando seus aspectos positivos e negativos, bem como
a qualidade do seu relacionamento.
4º Passo – Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.
Escrevem-se cartas separadas, aos familiares colocando o que gostariam de ter dito a eles e
não tiveram oportunidade ou coragem. Bem como cartas-respostas colocando tudo o que acha
que eles lhe responderiam e o que gostaria que lhe respondessem. Faz-se também o exercício
do espelho com o intuito de elevar a auto-estima. Faz-se também uma lista dos medos atuais,
então relata-se os comportamentos e situações que não quiseram trazer a público e as
apresenta ao seu conselheiro. Por fim, faz seu inventário pessoal e moral.
5º Passo – Admitimos a DEUS, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata de
nossas falhas
É partilhado então seu inventário com um membro da equipe, por ele escolhido. Faz enfim sua
lista de metas que irá cumprir a sua 1ª Ressocialização – saídas na 2ª feira com o retorno na 6ª
feira. Ao retornar da ressocialização fará um relato de quais metas foram cumpridas, como foi
seu comportamento e quais foram seus sentimentos.
6º Passo – Prontificamo-nos inteiramente a deixar que DEUS removesse todos esses defeitos
de carácter.
Neste passo o residente identifica e reconhece seus próprios defeitos, preparando-se, desta
forma a se desvincular dos mesmos.
7º Passo – Humildemente pedimos a Ele que removesse todos nossos defeitos.
Neste passo, pedimos com humildade ao nosso Poder Superior a remoção daqueles defeitos
que identificamos no passo anterior. As tarefas relacionadas a este passo giram em torno dos
nossos defeitos.
8º Passo – Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.
Neste passo elaboramos uma lista de pessoas às quais causamos prejuízo. As tarefas a ele relacionadas nos levam a admitir erros e ser honestos no propósito de repararmos os erros cometidos.
9º Passo – Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-lo ou a outras.
Faz-se uma lista das pessoas que prejudicou, dizendo os danos causados e de que maneira serão feitas as reparações. Faz-se também um exercício de reparação com 5 cartas. São feitas então as metas para a segunda ressocialização – idem a 1º ressocialização.
10º Passo – Continuamos fazendo um inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.
Este passo é praticado durante o tratamento inteiro através da folha de sentimentos diários.
11º Passo – Procuramos, através de prece e meditação, melhorar o nosso contato consciente com DEUS, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar esta vontade.
Faz-se contatos diários e conscientes com o seu Poder Superior.
12º Passo – Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.
Pratica-se o 12º passo, levando a mensagem e ajuda aos novos residentes. Faz-se uma retrospectiva de todo o tratamento. Relatando dificuldades que encontrou e como ocorreram as mudanças em seu comportamento e compreensão de sua vida. Enfim, faz-se um plano de vida realista, para os próximos 6 meses, nas áreas de: recuperação, espiritual, familiar, moradia, educacional, cultural, profissional, esporte, lazer e sexual.